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Vivendo Entre Palavras



David Nicholls escreveu Um dia e foi sucesso absoluto na época, inclusive foi adaptado para as telonas e conquistou milhares de fãs pelo mundo todo. Eu até hoje não li e nem assisti, mas decidi que iria conhecer a escrita do autor por este novo livro. E, o que o que posso dizer depois da leitura, é que foi uma decisão acertada.

Uma dor tão doce conta a história de Charles, um adolescente que acaba de terminar o ensino médio, está passando por um momento delicado com a separação dos pais, e além disto, precisa lidar com a depressão do pai e a falta de perspectiva do que fazer com seu próprio futuro, esse último, um sentimento tão comum entre os jovens, mas que ainda carece de representatividade na cultura.

Nem todo mundo sabe o que fazer da vida aos 17/18 anos e Charles está aqui para provar que tudo bem a gente ter o nosso tempo e respeitar nossos limites. Este livro é sobre o primeiro amor, mas é principalmente sobre o amadurecimento e o enfrentamento de uma vida imperfeita. Afinal, aquele roteiro de vida perfeito só acontece mesmo nos filmes de Hollywood.

Confesso que ler este livro não foi uma tarefa muito fácil. Para mim, no começo pareceu que a escrita do autor não estava fluindo muito bem, mas no fim entendi que na verdade não era este o problema, eu precisava dar tempo a esta história, até porque, em inúmeras partes os sentimentos causavam impacto sobre mim e lê-lo um pouquinho de cada vez acabou por fortalecer o laço que formei com os personagens, sobretudo com o Charles, que estava contanto a sua história pra mim.

O livro é narrado como se o protagonista estivesse lembrando dele adolescente e de como foi importante as experiências que ele viveu nesta época. Ele vai nos contando algo do seu lugar no futuro e eu senti como se estivesse diante do meu avô novamente, escutando-o falar sobre suas memórias. Foi um sentimento mágico e talvez não aconteça com você, mas fica aqui minha indicação de um livro que pode parecer só mais um, porém contém altas doses de uma dor tão doce.


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Confesso que este foi um daqueles casos raros em que já tinha visto o filme antes de iniciar a leitura. Porém esta experiência foi riquíssima, já que o livro me fez amar esta história, coisa que o filme não tinha conseguido.

Coraline é uma garotinha que acaba de se mudar para uma nova casa com seus pais e em meio a mudança e as férias em um lugar totalmente novo, ela se vê sem ter muito o que fazer além de explorar cada cantinho do seu novo lar. E, nestas explorações, ela acaba por descobrir uma porta que aparentemente não leva a lugar nenhum, até que ela consegue adentrar e descobre que do outro lado há uma outra casa da Coraline, com outros pais, que parecem muito os seus pais, mas aparentemente são mais legais e amáveis.

Este é um livro infanto-juvenil mas que carrega lições valiosas que podem ser úteis para pessoas de qualquer idade. A coragem para enfrentar seus medos e a força que esta menina possui me fez pensar em atitudes próprias e senti que Coraline me mostrou que também sou capaz de lutar contra tudo e todos.

Uma das coisas que eu mais gosto nos livros escritos para os leitores mais jovenzinhos é justamente essas lições e a capacidade que os autores possuem de nos transportar facilmente para mundos fantásticos sem termos que nos cansarmos mentalmente. Coraline foi um presente mágico que caiu em minhas mãos neste momento delicado que estamos vivendo e foi incrível passar um tempinho longe de tudo que me tem angustiado.

Então, se você assim como eu, está procurando algo para te fazer um pouquinho feliz nesta quarentena interminável, Coraline pode ser uma ótima companhia para um ou alguns dias. Indico muitíssimo e já estou bem ansiosa para rever o filme agora que ela ganhou meu coração e ver se mudarei de opinião com a adaptação.


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Esse é um dos livros mais difíceis que já li em toda minha vida. E quando digo difícil, não estou dizendo que é um livro complicado de entender, porque não é este o caso, a dificuldade está em ser mulher, ter sido adolescente, e encarar a história de todos os abusos que a Vanessa sofreu sabendo que assim como ela, muitas de nós vivemos situações similares.

Kate Russell fez uma releitura do clássico Lolita, um livro que nunca senti vontade de ler, por conta de todas as críticas que já vi acerca da obra do Nabokov. Mas, confesso que depois de Vanessa e de todas as entrelinhas que vemos nesta história, fiquei curiosa com o clássico.

Minha Sombria Vanessa conta a história de uma adolescente que teve um relacionamento extremamente abusivo com um professor quando ela estava em um colégio interno. Mas, nós vamos conhecendo a história em dois momentos distintos que vão se intercalando: a adolescência e os fatos vividos naquele tempo e a vida adulta da Vanessa, quando ela já tem 32 anos e descobre que outras mulheres estão denunciando o mesmo professor nas redes sociais.

O que distingue este livro de outros que tem essa pegada MeToo, é que a Vanessa não se enxerga enquanto vítima do abuso. Ela afirma que o que ela viveu com este homem foi um relacionamento amoroso e que teve o consentimento, mesmo sabendo que ela tinha 15 anos na época, enquanto ele tinha mais de 40.

Entender a Vanessa é entender as milhares de mulheres que não conseguem fazer parte da luta feminista, que se negam a aceitar que precisamos brigar por nossos direitos e que parecem estar cegas. 

Como já disse, foi uma leitura bem difícil, mas que me desconstruiu ainda mais enquanto mulher e que me fez refletir muitíssimo acerca de pequenas coisas que talvez jogamos para debaixo do tapete, mas que precisam ser escancaradas e discutidas, sobretudo com as jovens mulheres. É um livro que indico muitíssimo, mas já saiba que há diversas cenas muito detalhadas dos abusos e que podem ser gatilhos para algumas de nós.  

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!Ana Luna! I'm a unicorn! Apaixonada por livros, séries, jogos, filmes, música e muito mais. Passou dos 11, mas ainda espera sua carta de Hogwarts.


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